J. Guimarães®

Um blog diferente sobre Saúde & Variedades

sábado, 21 de agosto de 2010

Where’s the LOVE?

Muitos amam a Deus de forma veemente [- mesmo longe do quanto Ele merece] e esquecem de amar o próximo. O próprio Deus fala nas escrituras sagradas ser a imagem e semelhança do homem (Gênesis 1; 26-27) , ou seja, a figura do próximo. Assim, amar a Deus e não amar o outro, em outras palavras, é não amá-Lo.
Em sentido mais amplo, poderia associar o amor dessas pessoas para com Deus a um sentimento mascarado pelo “interesse pessoal”. Inconscientemente, O amam porque têm fé nas coisas boas que Deus, em sua magnitude e benevolência, tem a oferecê-las. Crêem que se O amarem em singularidade ganharão a vida eterna, viverão tempos de alegrias, riquezas e vitórias.
Poder-se-ia, assim, pensar: “Por que amam ao Senhor? – Porque Ele é Rei [...] Nele as nossas vidas prosperarão [...] e cearemos da mesa farta que Ele preparou para o seu povo!”. Percebe-se que tudo estar relacionado ao que ganharão se O amarem, à bonificação própria.
Neste âmbito, uma questão deve ser elucidada: “Amar a Deus é mais DOAR-se ou confiar naquilo que se tem para RECEBER?”. Escolher as duas opções configura-se como antítese pura! Acredito que amar é muito mais que esperar... é olhar para o outro e ver Deus presente, é ter muito mais para dar e nada a esperar em troca – porque isso será conseqüência do AMOR sem precedentes, deste que é puro como deve ser o AMOR em Deus!
Creio que em nada adianta ajoelhar-se diante do altar, cantar aleluia setenta vezes sete, chorar evocando o nome de Deus milhares de vezes; se não tenho a compaixão de olhar na face do próximo e expressar: Eu te amo, verdadeiramente!
O próximo a quem me refiro não é obrigatoriamente o seu irmão biológico ou seus pais, mas sim, aquela que consideras a pessoa mais insuportável que existe, ou então, aquela que toca a campainha da tua casa em busca de atenção – esse sim é o teu próximo, a imagem e semelhança do Deus vivo, que tanto amas e que todos devemos amar sem esperar pelo pão nosso de cada dia.
Júlio Guimarães