Certa vez, em um congresso regional sobre Neurociência, escutei de um acadêmico da área de saúde : "Por que tratar pessoas com doenças progressivas, se elas vão morrer mesmo?". Fiquei indignado com tamanha falta de humanidade e logo comecei a refletir sobre o verdadeiro sentido da vida. Para quem pensa de tal maneira, esta pergunta poderia ser respondida com outra interrogação: "Por que você ainda vive, se vai morrer um dia!? [- Atire-se de uma ponte!]".
Neste sentido, sobre as doenças progressivas, podemos destacar as Distrofias Musculares, um grupo de doenças genéticas que se caracterizam pela degeneração progressiva do tecido muscular. Até o presente momento tem-se o conhecimento de mais de trinta formas diferentes de DMs, algumas benignas e outras mais graves, que podem atingir crianças e adultos.
A distrofia muscular de Duchenne (DMD) descoberta em 1868 é o tipo mais comum e letal. Essa doença genética de herança recessiva, ligada ao cromossomo X, também pode ser caracterizada como sendo uma distrofinopatia, que afeta apenas o sexo masculino porque nele só há um cromossomo X. Sabe-se que cerca de 2/3 de todos os casos de DMD são herdados da mãe, que chamamos de portadora assintomática do gene, e que nos 1/3 restantes dos casos, ocorre uma mutação nova na criança com distrofia, sem que o gene tenha sido herdado.
Na DMD, as células musculares exibem fagocitose acelerada e necrose, com dissolução de miofilamentos devido a diminuição da distrofina - uma proteína que atua como um "lubrificante", diminuindo o atrito entre as fibras musculares durante a contração. A estriação das fibras é alterada e elas ficam hipertrofiadas ou atrofiadas. Por fim, as fibras musculares são substituídas por gordura e tecido conjuntivo, causando infiltração e fibrose gorda. Assim, os níveis de creatinoquinase ficam elevados durante a infância e antes do aparecimento da sintomatologia.
Os primeiros sinais de fraqueza muscular surgem assim que a criança começa a caminhar, ao redor dos três aos cinco anos de idade. Inicialmente percebe-se quedas freqüentes, dificuldades para subir escadas, levantar-se do chão e correr, principalmente quando comparadaa a crianças da mesma faixa etária. A degeneração progressiva e irreversível da musculatura esquelética, leva a uma fraqueza muscular generalizada; o indivíduo geralmente morre por Insuficiência Cardiorrespiratória, quando a doença atinge a musculatura respiratória antes dos 20 anos de idade.
Ainda não existe cura para nenhuma das distrofias musculares, mas, como toda doença degenerativa e progressiva, elas devem ser encaradas como um desafio a ser vencido, pois hoje as esperanças estão mais vivas do que nunca e, certamente, enquanto houver vida, deve haver ESPERANÇA. Proporcionar QUALIDADE DE VIDA ao ser vivente é o que deve mover os profissionais de saúde humanizados!
Neste sentido, sobre as doenças progressivas, podemos destacar as Distrofias Musculares, um grupo de doenças genéticas que se caracterizam pela degeneração progressiva do tecido muscular. Até o presente momento tem-se o conhecimento de mais de trinta formas diferentes de DMs, algumas benignas e outras mais graves, que podem atingir crianças e adultos.
A distrofia muscular de Duchenne (DMD) descoberta em 1868 é o tipo mais comum e letal. Essa doença genética de herança recessiva, ligada ao cromossomo X, também pode ser caracterizada como sendo uma distrofinopatia, que afeta apenas o sexo masculino porque nele só há um cromossomo X. Sabe-se que cerca de 2/3 de todos os casos de DMD são herdados da mãe, que chamamos de portadora assintomática do gene, e que nos 1/3 restantes dos casos, ocorre uma mutação nova na criança com distrofia, sem que o gene tenha sido herdado.
Na DMD, as células musculares exibem fagocitose acelerada e necrose, com dissolução de miofilamentos devido a diminuição da distrofina - uma proteína que atua como um "lubrificante", diminuindo o atrito entre as fibras musculares durante a contração. A estriação das fibras é alterada e elas ficam hipertrofiadas ou atrofiadas. Por fim, as fibras musculares são substituídas por gordura e tecido conjuntivo, causando infiltração e fibrose gorda. Assim, os níveis de creatinoquinase ficam elevados durante a infância e antes do aparecimento da sintomatologia.
Os primeiros sinais de fraqueza muscular surgem assim que a criança começa a caminhar, ao redor dos três aos cinco anos de idade. Inicialmente percebe-se quedas freqüentes, dificuldades para subir escadas, levantar-se do chão e correr, principalmente quando comparadaa a crianças da mesma faixa etária. A degeneração progressiva e irreversível da musculatura esquelética, leva a uma fraqueza muscular generalizada; o indivíduo geralmente morre por Insuficiência Cardiorrespiratória, quando a doença atinge a musculatura respiratória antes dos 20 anos de idade.
Ainda não existe cura para nenhuma das distrofias musculares, mas, como toda doença degenerativa e progressiva, elas devem ser encaradas como um desafio a ser vencido, pois hoje as esperanças estão mais vivas do que nunca e, certamente, enquanto houver vida, deve haver ESPERANÇA. Proporcionar QUALIDADE DE VIDA ao ser vivente é o que deve mover os profissionais de saúde humanizados!
“Eu pensei que a humanidade já estava infringida de males suficientes...e não parabenizo o Senhor pelo novo presente que a humanidade ganhou”. (Guillaume Duchenne, 1868)
Por: J.Guimarães [adaptado de Sandra Érika Fabris - fisioweb]
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